Acontecimentos
bons, melhores ainda, dissabores sociais perversos ou terríveis, fazem parte do
cotidiano de qualquer mortal. Concernente ao sentido bom dos eventos, malgrado
sua essência agradável, evidencia-se, prontamente, sua aceitação e acedência por
todos nós.
Cá, a
inclinação em analisar, de igual forma, algum encanto em acontecimentos
desagradáveis, esta ao alcance de poucos e, confesso ser tarefa árdua e assaz
difícil.
Nessa
esteira, é que me debruço com olhar cauto e por demais reflexivo sobre as
admoestações do sábio Salomão achadas na obra de Eclesiastes. Indene em suas alocuções
acerca das vantagens do sofrimento, onde enumera um rol eminentemente
exemplificativo com determinadas circunstâncias passiveis de vivencia por nós,
o assisado rei traz um comparativo entre estados e/ou situações terríveis e
seus avessos e afirma que as primeiras são mais perfeitas que as ultimas.
O que
a priori parece desmentir um conselho pretérito, contido no próprio libelo, vez
que o azado Salomão afirma que devemos nos fartar, encontrar satisfação e
desfrutar de nossas obras. Agora, demonstra proficuidades em meio à agonia e o
sofrimento.
Tu,
que como eu, procura em vão atalhar a amargura e a agonia a todo tempo e custo,
certamente tem muito a aprender com o sapiente Salomão.
Acredito
que o mais perfeito entendimento alcança-se através da compreensão. E, assim
sendo, abarcar determinado tema/assunto, de modo didático e acessível, esta
condicionado a um estudo prévio de sua história ao longo dos anos e desde seus
primórdios.
Por
obvio, não faremos aqui um estudo acerca de todas as vantagens dos maus momentos.
Amiúde, valemo-nos de concisas e ingênuas expressões e, contentamo-nos, pois,
em uma mera reflexão.
Nisto,
aventemos que a adversidade nos remonta à precária e inconstante estabilidade
da vida. E, que no escasso tempo remanescente, devemos enraizar nossa opulência
de caráter e viver com discrição.
No
mais, os escritos sagrados, demonstram que as culturas religiosas cristãs e
judaicas ao lado das religiões ocidentais, encontram muitos acrescentamentos
que edificam no sofrimento e na tristeza. E, afirma-se, que aprendemos mais de
Deus nos períodos de dificuldade que nos de prosperidade.
Sobre
o mote em debate, trazendo a baila a psicologia e a filosofia, a Professora Doutora Marcia Tiburi enrica
nossa ponderação ao tratar da necessidade de aceitarmos a tristeza enquanto sentimento. Simples assim, trata-se de pura aquiescência.
Ademais,
não há que se falar em melhor oportunidade para encarar tais momentos como
sendo grandes oportunidades para conhecer-se a si e aprender mais a respeito do
Todo Poderoso. Porém, sofrer não significa, tão somente, o julgamento de Deus
pelo pecado.
Masoquismo
não é a terminologia mais acertada. Quiçá desvirtuada. Ao passo que, não
articulamos da pessoa que gosta de prejudicar-se a si próprio com dor, vergonha
ou aventura que não traz nenhum retorno proveitoso. Mas, controvertemos, dos
períodos de penúria, que invariavelmente são corriqueiros a nós todos.
Agora,
inúmeros são os ensejos do sofrer humano. Dentre eles o pecado apresenta-se
como fator primordial. Conhecer o motivo do sofrimento pode nos auxiliar a
evitar a causa. É formidável saber as causas malsucedidas. Mas, mais admirável
ainda, é saber como atuar durante o momento da amargura.
Sofrer
passa a ser proveitoso a partir do instante que nos voltamos a Deus e
reconhecemos que precisamos Dele para compreender o momento árduo existido. Para
ter entusiasmo de seguir a diante e, reconhecer que Sua misericórdia é
indispensável em nossas vidas. Adorar a Deus exclusivamente na felicidade é
tortuoso. Essa última é uma perspectiva avarenta de satanás.
Existem
situações nas quais só paramos para refletir em momentos de dor. As perguntas
começam a surgir e refletimos sobre coisas que não dávamos a pequeníssima
importância outrora.
Assim,
muitas são as conjecturas advindas de momentos ruins. Resta refletir e ponderar
sobre o que e como, tais circunstancias existidas podem complementar e
alicerçar nossas vidas. E, lembre-se sempre, as coisas, ocasiões e pessoas, raramente
acontecem no momento exato e na velocidade em que esperamos.
A
angústia faz-nos acreditar em Deus por quem Ele é, não pelo que Ele faz.
Que
Deus continue abençoando nossas vidas!
Texto escrito pelo colaborador e amigo meu Eldno Pereira. Quer ler outros textos escrito por ele? Clique aqui e aqui.
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